*** BUCHARA ***
*** É INSUSTENTAVEL A LEVEZA DO AMOR ***
Textos
                   AMARGO DESENLACE...

Quando um relacionamento, que todos invejam apontando como bem sucedido, que tem tudo para se estabilizar, de repente se rompe (por desejo exclusivo de uma só das partes), duas verdades acontecem...
A primeira, um inegável fato incontestável, é que aquele que desejou, que provocou o rompimento, que criou a situação - seja por saturação, insatisfação ou por ter descoberto a tempo que não queria se comprometer - sai orgulhoso, de cabeça erguida, cheio de moral. Pronto para mergulhar numa nova aventura. Parte em busca de novas emoções...
A segunda, é o abandono, a solidão, o desespero, a sensação de impotência, de fraqueza, de inutilidade e de rejeição, de quem ficou só. De quem, até o último instante, desesperadamente, tentou salvar - às vezes até se submetendo de corpo e alma a todo tipo de humilhação - uma relação que, na verdade, mais cedo ou mais tarde, chegaria ao fim...
Na realidade, a união de duas pessoas é fruto do perfeito entendimento entre seus sentimentos...
Funciona como em um quebra cabeças...
As peças se completam harmonicamente. Se encaixam. Uma tem o perfil da outra. Quando isto não é totalmente verdade, advém a separação...
Para o abandonado, uma longa e escura noite de inverno...
Tudo que o cerca parece estar sem vida...gelado, anêmico, triste, enfadonho, insípido. A mesma sensação de um inseto aprisionado em uma teia, esperando o pior desenlace...
Mais ainda, a chance de aprender que o envolvimento entre duas pessoas que se dizem amar, deve ser (sempre) de dupla-troca: o que falta em mim, eu encontro em você. E, me completo...
Se você me deixa, é porque eu não consegui preencher alguma coisa (ou algo ficou sem resposta) em sua vida...
E, esta talvez seja a maior dentre as duas verdades...
Enfim, ao perdedor, restará o consolo de ter se libertado. De não mais ser usado...
É também sua oportunidade (mais uma?) de continuar em sua amarga odisséia. Procurando, até conseguir encontrar, na multidão, num rosto anônimo, sua outra metade, seu elo perdido. Quem sabe, os olhos que lhe permitirão ver, novamente, o sol brilhar...
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BUCHARA
Enviado por BUCHARA em 12/04/2007
Alterado em 12/04/2007
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